sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Exposição no Museu de Francisco Tavares Proença Júnior - Castelo Branco

O projecto Sopro de Água foi apresentado nos dias 31 de Outubro a 27 de Dezembro, com a cobertura de todos os jornais regionais, e da rádio Beira Interior.
A exposição foi patrocinada pela ESART e pelo Ministério da Cultura, e visitada pelo Presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco, que respondeu afirmativamente ao desafio do Sopro de Água, no sentido de dar vida aos chafarizes da cidade. Estes irão ser recuperados, e serão ainda palco dos primeiros recitais na Primavera.

Reportagem Fotográfica dos Chafarizes de Castelo Branco


Pintura



Caligrafias de Água

Maria João Fernandes

"Manuela Justino tem vindo a desenvolver um muito original percurso de fusão entre a escultura, a pintura e a tapeçaria, o qual, entre nós, é já uma referência. Um percurso que interroga as fontes dos arquétipos e lhes dá expressão, sinais de uma geometria oculta que nos seus trabalhos convivem harmoniosamente com o fluxo irreverente do movimento, traçando os percursos do acaso, uma beleza igualmente misteriosa que nos seduz pelo seu encanto táctil e colorida sensorialidade.
Estamos aqui em pleno reino feminino, de uma afectividade e de uma intuição que se alimentam dos tesouros da intimidade do Cosmos, das suas substâncias, aceitando "o espectáculo dos reflexos", como um "convite onírico". Imaginação sensível, metáfora do coração que na sua pintura é o instrumento precioso de um destino tecido de luz, imagem do crescimento vegetal, dos ritmos aquáticos e da renovação da natureza. A artista é guardiã do destino, destino poético que afirma neste universo os seus mágicos domínios de uma liberdade essencial. As suas imagens apelam à continuidade, tranquilizam-nos sobre o devir, transportam o sentido de uma totalização de opostos, mergulham na luz e fazem nascer o dia nas suas cintilações de ouro.
O Cosmos escreve e Manuela Justino, nas suas caligrafias de água e de luz, modela magnificamente o gesto que não imita o virtuosismo e a fantasia da natureza, mas neles bebe a essência mesma de uma aventura no seio dos aspectos. Viagem no mar, origem universal da vida e da vida do espírito, inaugural metáfora da ressonância e da profundidade da vida.
Linhas de água ("Água da Rocha"), linhas de ouro, tecido das substâncias desposando a luz. Suave, branco noivado dos elementos. Água, mar matinal caminhando docemente nos braços do sol, tecendo segredos do espaço, deslizando entre sonhos azuis, transparências do ser que se vê ao espelho do mar. Pureza translúcida de um olhar, música silenciosa do espaço, estendendo as suas leves ondulações nacaradas."

Divulgação por parte dos Meios de Comunicação


Álbum


Dr.ª Aida - Drtª do Museu Francisco T. Proença Júnior

Poeta António Salvado e Pintor Santiago